terça-feira, 22 de março de 2011
Até que o ônibus parta, amanhã
Deita. Deixa o caso para mais tarde. É tarde. Dorme que logo mais é dia, e você sabe que amanheceres me deixam melancólico. Assume teu lado da cama. Calma, não, já disse, não falarei mais; eu precisava ir, sim; ela é minha mãe, ora; ai, não tem essa de ser mais importante; para, para, não, PARA. Para quê choro? Eu estou aqui. Tá, desculpa, fui grosso, mas é que já surgem os primeiros raios, olha lá. Amanhã já vem. Nem lembrará mais por que me veio gritar. Eu sei, eu sei, você sabe que, se eu pudesse, seriam suas todas as horas. Não senhora, volto rapidinho, conta tuas duas luas, que apareço. Não esqueço seu recado, fica tranquila. Dorme. A vida não dorme. Combinamos de nos encontrar nos sonhos, depois que o ônibus partir.
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ResponderExcluirMuito expressivo o texto! Você demonstra possuir uma desenvoltura e um cuidado ao descrever alguns momentos corriqueiros, que acaba nos fazendo entrar neles, me identifiquei com esse. Gosto dos seus escritos!
ResponderExcluirOlha, adorei sua maneira de escrever, tão discontraido nas palavras, tudo soa como um diálogo que eu já conheço muitoi bem da minha vida, me identifiquei com o texto.
ResponderExcluirvou ti seguir no blog.
Não entendi nada!!!
ResponderExcluirBurgos
Charlowsky, pelo ritmo do texto, para mim ele até teria um fundo musical. Pensei na Rosa, do Chico, que achas?
ResponderExcluirAbraço